A Doutrina Espírita tem como um dos princípios fundamentais a preexistência da alma e a sua sobrevivência à morte do corpo físico. Entende a Vida como um processo contínuo de evolução, no qual se enquadra cada nova existência corpórea. Neste sentido, a doença e a agonia prolongadas são processos naturais de escoamento das imperfeições do Espírito e de aquisição dos seus patrimónios da vida imortal.
O Espiritismo, que tem estudado a condição da alma após a morte, conhece o valor de um último pensamento, pelo que recomenda: “Minorai os derradeiros sofrimentos, o quanto puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que num minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro. – S. Luís. (Paris, 1860.)” (Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. V)
Deste modo, a Federação Espírita Portuguesa defende que o homem não tem o direito de praticar a eutanásia, em nenhuma circunstância, ainda que a mesma se apresente aparentemente como uma demonstração de compaixão.
“Os desígnios divinos são insondáveis e a ciência precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das necessidades do Espírito”. (Emmanuel, O Consolador, Questão 106, psicografia de Francisco Cândido Xavier).
Lisboa, 14 de fevereiro de 2020
Direção da Federação Espírita Portuguesa
Vítor Mora Féria
https://cei-spiritistcouncil.com/campanha-amar-a-vida/
https://feportuguesa.pt/em-defesa-da-vida/
https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/11/Livreto-Eutanasia.pdf